O que aprendi sobre as vidas
Sou filho de muitas mães
Irmão de muitas irmãs
Entrei em tantos lugares
Construí
diversos lares
Senti frio e calor
Senti falta de amor
Trabalhei por mim mesmo
Vivi dias a
esmo
Na ignorância, sofri
Não sabia nem que sorrir
Era reflexo de sentimento
Sentimento? O que foram
Aqueles momentos?
Eis que por tantas planícies
Passei tempos difíceis
Não me recordo os detalhes
Mas sou um
todo destas partes
E os amigos? São tantos...
Onde são os seus recantos?
Aprendemos o valor do ombro
Para
acalentar tanto pranto
Irmão há que me esqueço
Por quem trombei em tropeço
Falimos por orgulho e desrespeito
Desperdicei
muitos recomeços
Em cada casa, uma falta
Para cada falta , um perdão
Vários perdões, várias chances
Mas o rastro sempre fica no chão
Sou filho da boa vontade
De um pai indescritível
Haja amor para tanta queda
Um amor
indefinível
Com Ele, aprendi muitas vezes
Que não há choro nem dor
Que não preceda a alegria,
A virtude e o verdadeiro amor
Nesta caminhada infinita
Ele me deu irmãos e irmãs
Que comigo vão até o fim
Que não é o fim
Que não é fim, e sim manhãs.
Aqui estou neste trem da vida
Descerei em algum estação
Lá, vou rejuntar as bagagens
Segurando o bilhete do próximo
vagão.
Uma viagem que, a cada partida
Me sinto maior e mais forte
Aprendendo sobre o valor da vida
Não tenho
medo da morte
Hoje, me sinto tão grande
Que percebo minha pequenez
Uma vontade de seguir andando
Um passo de
cada vez
Autor: Leocion Praxedes
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